segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Analfabetismo Sentimental

Se minha morena entendesse o que aqui tenho guardado,
saberia que o que falo, não é nada além do que é.
Tanto falo, tanto trago em meu peito...
Queria saber escrever, e não deixar rasgados os papéis,
Numa indecência, numa disenteria de tintas de caneta,
a tentar traçar belíssimas fôrmas e formas de sentimentos
dos quais todo o meu peito é feito
E se enfeita em cores e alegrias em te ver, morena.
Brilhar os olhos num amorenar de tua pele,
São necessariamente as férias que sempre quis.
Agora, tento digitar analfabetadamente qualquer coisa que tenha sentido
Invento palavras, invento cores, tamanhos e dissabores mil, para tentar
Ao menos se equiparar nesta vontade de expressar o inexpressável.
Perto disto, sou nada mais que um juntador de palavras,
Um néscio qualquer, um abrupto buraco em meio ao nada.
Não tenho como dizer, além de três palavras o que vagueia estes versos
Sem rimas ricas, sem bons traços, sem métrica, sem nenhum propósito.
São as três palavras, que guardo para nós.
E além de nós, um mil de palavras mais,
Para se representar no teatro do amor.

E,a,p'

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