terça-feira, 16 de julho de 2013

um tanto dramático, porém verdadeiro o suficiente para um cigarro em jejum logo pela manhã

...fellini

que a culpa fica
por deixá-lo ir.

sei que não merecia
sensível afago
no dorso
(o mais falso daquelas mãos
ditas "experientes"
-- em quê ainda não sei
que na arte de domar sentimentos
você não passa de uma porta).

queria saber até mesmo
não sentir saudades
daquilo que nunca foi
-- ele passeava pela casa
deitava-se assim num canto,
e foram tantos encantos
para mais além de uma tarde de sol
em que sequer me sentia preso
em que sequer te prendia.

cê vinha:
ficava, amansava,
amaciava,
até dormia.

que viva, pertinho,
que eu possa até te ver da janela de casa
("de casa").

difícil é perguntar: quem não te amaria?

eap

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