sábado, 28 de setembro de 2013

nada jaz


luto pelo amor

que dela
pedi.

luto pelo amor
que serena
e molha

as páginas
de agora.

luto pelas coisas
que sei
que sei:

não peço "volta",
mas minha memória
não a quer morta

tampouco eu,
que a amo
em sê-lo meu

e mudo
coro as faces
pelo tudo.

luto pelo amor
que dela perdi,
e nada depois
valeu o que fiz.

luto por mais
esta hora
e as próximas

e pelo sono
sem senso
sem nexo
sem sonho.

meu sonho
é negro e perdido
numa madrugada
entre tantos copos
tantas bocas,
tantos corpos
tantas roupas.

eap

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