domingo, 26 de setembro de 2010

Indistinções do pensar

Não sou destes que ficam a procura de um motivo; não procuro sequer um. O poeta ensina que viver não é preciso, e sim navegar. Ah, navegar... E eu que nem sei nadar? Que tenho medo de me afogar no mar, Que pela brava onda ser quebrado em seu quebrar e sumir borbulhando, até o fundo do oceano, me diz então: Como irei fazer para procurar um motivo-razão? E já que viver não é preciso, fico aqui, a bobear sempre por entre as linhas e que linhas tortas, traçadas por um velho homem. Não sei se já nela escreveram, mas sei que de uma maneira indistinta lá já está ela traçada. Mas cético sigo, e lá estão as linhas, Mas torto piso e já nem ligo, se se importam com o meu pisar. Caminhar é necessário, viver é um desvario, poeta.

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