domingo, 14 de abril de 2013

pode ser que sim

pode ser que um dia eu o perdoe pelos erros do passado, pelo vago pesar do seu andado, pela maneira como deixa fugir dos dedos seu não ser de antes. sua não maneira de ser. mas hoje não. e não adianta força: feridas têm o tempo certo de se fechar, de se cicatrizar, de não sobrar nada, nem aquele vago resquício de mágoa -- todos têm seu tempo. 

lembro sim, que andávamos juntos, ríamos, conversávamos (quando criança era tudo melhor). quase vislumbro numa memória 'polaroidica' nós dois juntos, ele, eu sobre uma velha moto preta ou vermelha; eu era pequena criança rechonchuda, branquinha, à frente, do meu próprio riso nem me imaginava a carranca de hoje, esse silêncio pesado. na garagem tocava os alquimistas estão chegando, de jorge ben... sabe lá dessa nostalgia.

eap

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