sábado, 28 de julho de 2012

Tarde

Ha um silêncio que envolve, sabido, a cada encontro. Mas, prefere-se -- daí se observa, vê-se para que lado olha o olhar, que foge -- aí a busca, num abraço, pra se trazer de volta, e diz-se, ou não; nada, e envolve-se todo num abraço, cheiro que sufoca, até de se fechar os olhos. Não entendo não. Fica abobalhado em casa, refilma tudo de novo na cabeça (acrescenta-se pontos, retiram-se outros) daí o momento fica o dito pelo não dito, ou, às vezes nem isso: às vezes nem precisa; só fechados os olhos. Daí, a pele macia, o cheiro tranquilo de maracujá. O corpo doce doce de se apertar com força -- de se encher as mãos e mastigar suculento. Essa coisa que faz esquecer, ah, deus, sabe lá quanta reclamação. Sabe lá quanto lamento da vida. A vida cria graça até pela tarde que se desfaz silenciosa nisso e noutros silêncios de se deixar o corpo amolecido. Despedir-se é sempre triste, pero, volta-se as costas, reluta reluta reluta, mas não consegue, vira, os olhares batem-se e dão o bobíssimo e terno adeus.

eap

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sem nome nº 11

tu me interessas mais
que o meu caderno --
e no teu corpo quero
escrever meu próximo
e definitivo poema:

marcado a dentes
que mastigarão teu cheiro
e saberão de cor,
o contorno de teu cabelo,
e de tua cintura.

ah, morena,
saudade é um veneno
que só mata quando quero.

eap

sentimento do mundo

encontro mais gosto pelas coisas
que pelas pessoas -- 
mas só porque tenho raiva. 

e tenho raiva porque tenho carinho, 
e tenho carinho por dele precisar 
para me sentir bem 
e no final das contas, 
eu nem sei se realmente quero me sentir bem, 
eu não sei se quero receber 
ou dar carinho, 

eu não sinto tanta raiva quanto supunha 
e as pessoas, acabam, por assim dizer, 
me sendo indiferentes. 
no final das contas, 
o que importa sou eu, 
meus livros, 
minhas músicas, 
minhas ideias, 
minha poesia, 
meu gato rataplã 
e minha cama -- 
todo o resto é acessório -- 

te uso para me confessar x, 
te uso para te rezar y, 
te uso para te chamar 
de mãe ou irmã ou puta z, 
mas, eu lembro de tudo, 
eu lembro de todos, 
mas que raiva sinto.
sinto mais ou menos que raiva: 
não sinto nada.

eap

domingo, 22 de julho de 2012

ácaros

embebedei-me olhando a janela do apartamento. era um dia de julho. sentava e escrevia um poema. o poema era bobo -- bobos eram os meus sentimentos, bobas eram as coisas que me inspiravam. olhava constantemente para o celular, esperando uma sms, uma ligação -- até debaixo da porta olhava, repente, um bilhete invadindo minha sala -- who knows? na janela, aquela estátua de pedra sabão me olhava, e eu estava tão tonto. e eu estava tão sozinho. recobrava lucidez -- desviava o pensamento e ria no chão da minha sala de estar escura -- aquela luz azulada do poste iluminando pensamento bobo -- eu era tão bobo que sequer sabia viver, pensava. redobrava minha dor, rindo. o celular era uma pedra inútil de plástico e bateria de lítio. eu pensei e se eu tomasse lítio? cause i'm not ok, man. i'm fucked up. maybe no: just down, down down down...

aniversariei há alguns dias. me ligaram, me aplaudiram, me amaram por aquele dia -- mas só por aquele. dias depois esquecido -- ou fiz questão de me esquecer, saber das coisas me agradava, entretanto irritava-me terrivelmente a dor que me proporcionavam algumas realidades -- os choques de realidade. bebi um pouco mais -- sabia dos meus limites e deles já havia passado há tempos. mas sabia bem o que estava pretendendo. queria entorpecer meu corpo, deitado no chão atapetado da sala de estar. azulava a sala, e um pouco ao longe, alguém punha the end dos doors. empurrava meu nariz e minha cara inteira no tapete -- lembrei dos ácaros, que vi nos livros de ciências, sentia nojo, achava-os nocivos (como os polvos, as aranhas -- esses bichos com tantos braços, meu deus, e eu só queria dois para um abraço -- acho que aí se esconde o grande medo: essa solidão coletiva, todos a tem, mas poucos a expõem -- aqui, nem me quero ver), mas, fuck all, fuck fuck fuck all this bullshit. a cabeça zonzeava, três mil anos de história na minha cabeça. mais o acréscimo de uns milhões e tenho apenas vinte e três. lembro em super 8 das coisas, queimaduras brandas na tela. corri, caí, o desejo de ser ser ser. nunca soube. hoje mergulhar no grande mar de nada e nadar -- que grande objetivo! nunca aprendi a nadar e sempre sonhei no sonho que morria afogado. deus tem dessas ironias, ou será que só minha mente? o celular não toca. o telefone não toca. a tv me irrita profundamente, a internet me vicia -- três noites seguidas. tinha maconha há dois dias, mas acabou tudo. só restou essa vodca barata, aquela cachaça ruim. aquela que acabei. se a cabeça parasse de girar -- não, óh, não pare de girar! até fecharei os olhos para melhor sentir... woooooooooooooooow

penso nisso -- essa dor que evitamos, mas queremos -- quanto mais sentida, menos acúmulo dessa dor, será menos daqui a alguns dias. eu gosto da dor por isso. ela vem, mas, como vem vai e volta e uma vez a vi voar, ir embora. silenciou meu peito. a vodca acabou. a música atingiu seu ápice e apascentou-se novamente, jimbo já gritou e se acalma brando, como uma criança -- APOCALYPSE NOW -- grita a minha mente. queria parar de pensar. queria parar de querer. queria parar de querer parar. ao menos por hoje, não levantarei daqui, ficar aqui, não quero mais sair. vou me degredar por completo, até ser o pó deste tapete -- sê-lo, sim. alguém virá um dia, arrombará a porta, e, no pouco caso de minha ausência (darão por ela as minhas dívidas mensais), mandará varrer a casa para alugar (talvez seja minha irmã, meu tio, não sei), e, a empregada, aborrecida, me varrerá porta afora -- ou então me deixará escorrer para debaixo do tapete. thats all, darling... os ácaros me recebem com carinho, acariciam meu crânio, me beijam, envolvem-me num abraço a oito braços, despenteiam meu cabelo, e eu os amo -- abraço seus corpos roliços, nunca encontro meus braços nesse abraço que jamais fechará. hoje eu os amo. só por hoje -- e só por hoje  queria ser o motivo de um espirro seu.

> 3:15 P.M. -- sms: renove seus créditos. <

eap

bom dia

um velho estava esperando o ônibus no ponto -- suas vestes, essas coisas simples, o rosto, o rosto de gente velha. velhos velham, do verbo velhar (à la guimarães rosa). tal identificação me inspirou: seu cansaço de velho, seu jeito de velho, suas rugas de velho, seus olhos de velho, que tive que desejar bom dia para ele. desejei, mas desejei-o mentalmente -- me arrependo um pouco de não tê-lo dito em voz alta, mas... eu sequer desejo bom dia à minha mãe, sequer desejo bom dia para mim, sequer desejo bom dia. compaixão santa? pena? dó? nunca vou poder responder. ele simplesmente o era -- era a si mesmo, calado, ele, sentado, fechado. caminhei olhando-o, passei por ele assim.

ele sequer me olhou -- era velho, e tinha a força de um velho -- entretanto, eu, não consegui dobrar a esquina sem antes observá-lo entrar no primeiro ônibus, aí sim soltei a voz rouca, pesada (as primeiras palavras do dia): bom dia.

eap

quarta-feira, 18 de julho de 2012

-

eu vim ver o pôr do sol e me pus a pensar, que de tanto se pôr, o sol um dia vai se deitar e, afinal, não faria mal, se um dia ele esquecesse de acordar.

pra não dizer que não falei de mim

1991 pra cá, muito me contaram, mas a memória não falha:

- acostumou-me ela com me pedir desculpas depois de cada pancada que me dava -- por que, mãe? hoje, do mundo, espero que ele faça o mesmo. por isso palavrinha mata, por isso palavrinha penso e verso. nem tão ruim de todo.

- na frente, o retrovisor mostra: amor pela primeira vez, e desde quando esses sofreres? sei que dista tempo de nem ser gente. já quis ser o romeu da tv. usar com a bela, as segundas pessoas, galantes, mas, ruim das conjugações, trato-as de "tu" por força d'hábito.

- esses amores ainda me matam, mas não somente -- se digo que odeio a vida, é por amá-la demais, apenas não a virei do avesso ainda.

- de resto, descobri certas cores, sons. eles têm me salvado, algumas vozes, algumas palavras. as pessoas, apesar do pé o atrás com todas, também me encantam suas delícias, apaixonam-me. citaria nomes, não fosse comprometedor e piegas, além de, sem querer, esquecer-me de um, mas, pensei, e no fim todas as pessoas me aparecem necessárias -- posto que poucas. saberá que foi importante quem pensou que foi.

- por fim, reclamações 0 -- sequer do óbvio.

- e fim de papo.

eap

sábado, 14 de julho de 2012

rotina

nesses dias de tardes insólitas
a solidão à noite se faz maior.
e maior que a noite é a madrugada
que se estende longa e opaca,
intransponível lençol de estrelas
que não aquece nem esfria,
enquanto esquenta e, sublime,
transfigura-se em dia -- e, sol,
rasga à canto de galo a tranca
que destrincha os primeiros
feixes de luz, que despertam
o último insone às nove da manhã.

eap

quinta-feira, 12 de julho de 2012

além disso

a festa não era das minhas, mas eu nem sentia, que ela me era toda a sedução. o cabelo, suado, misturado ao olho fechado, o corpo cheio de requebres, ritmado, e eu, sabia de mim?, que era só olhar, e beber, fiquei ao seu lado, vi-a beijar outra garota, mas não vi, e ela me sorria quando me voltava o corpo, eu enlaçava sôfrego -- nos olhos, que brilho era aquele por trás da franja de cabelos castanhos molhada? o sorriso que enfeitava seu rosto, queimou-me -- os dentes, aqueles dentes, ainda hoje me tragam, quando penso. além disso, mil flashes de luzes vermelhas, azuis e verdes. sete mil fotos daquela noite e a ressaca do domingo.

eap

Sem nome nº 01

Eu a amo sem nunca tê-la visto. Mas, e daí?
Quantos homens precisariam para reconhecer
no fundo do quarto o silêncio de uma voz?
Quantos filósofos precisariam para reinventar
o mundo em sua ficção da vida novamente
mesmo sem nunca ter vivido sequer os vinte
por cento da ponta desse iceberg chamado viver?
É por isso que tenho dito: eu a amo sem nunca
tê-la visto, e nem por isso me envergonho, pois,
mais vergonha deveria ter o homem que nunca
amou uma mulher em segredo – até para si mesmo –
e da mulher que nunca terá o prazer de saber
o quanto eu tenho me acabado pelos seus andares
pelos seus cheiros, suas vozes, seu papo bom,
seu desjejum de manhã, o modo como acende  o cigarro
ou lê a revista Scientific American sem sentir culpa.
Triste dela, meu deus, e triste de mim, que jamais terei
o prazer de falar estas frases apetitosas e suculentas
bem no seu pé d’ouvido, bem assim, porque o prazer
seria mais meu, e eu ainda o diria dessa maneira,
porque pra ela, que tão linda, penso, que os homens, 
esses bichos de garras e pelos sedentos
– a baba do cachorro nervoso escorrendo no canino 
já devem cansá-la de dizer “nossa como você é linda”
“nossa como você caminha lindo”, “nossa como você
simplesmente existe”, "nossa como você vive" 
e eu teria o prazer de lhe dizer fartamente
com a boca cheia d’água, que eu te amei antes mesmo
que pudesses sonhar em sonhar o sonho que se projeta
na máquina dos sonhos dentro da cabeça do primeiro homem
porque sequer te tinha admirado o corpo, para poder saciar
minha vontade de tê-lo nas mãos e usar e ser usado por ele,
que sequer eu te tinha pensado em te fazer um filho;
quando um filho, na verdade, pensou em ser parido pelo mundo
eu já te desejava, mulher. Eu já te amava antes mesmo
de saber que existia amor, e quando dessas palavras vãs
que a maioria das pessoas estuda nas gramáticas e dicionários –
que antes de saber falar e de todas as línguas, 
eu já dizia que tinha amor
eu já dizia que dizer era pouco, e precisava agir mais.
Mas isso tudo ainda é pouco, para dizer que eu a amo antes de tê-la visto.
Falando assim, parece bobo, casto e até mesmo piegas,
mas, você, que se ri de mim, sabe lá que terá no peito?
sabe lá que trará na voz? Saberá lá se nunca pôde ter amor,
que amor é para poucos; amor é para ela, que sabe bolar um
como ninguém – como ela, e queria que ela me comesse vivo,
me comesse nu, sem vergonha. Que diante dela eu perderia
até o pudor de minhas partes pudendas, perderia o amargor
pelos dias perdidos de cerveja e gordura da carne de porco
farta no almoço e no churrasco de sábado, porque eu
caminhei nas horas, abobalhado, pensando nela,
trôpego no meio-fio e caí, na sarjeta, bebi daquel’água podre,
mas nem senti. O centro da cidade me parecia ter a boa lembrança
dos dias que nunca vivi com ela. Ela existe? Será que existe?
Os prédios me apontavam o céu e eu os negava,
como que para maldizer de deus, de toda a minha sorte,
de não tê-la na cozinha de minha casa, lavando as mãos
no sabão de pedra, e na pedra, talhar meu nome,
e na espuma, na bruma esparsa do sonho em que a fiz,
ela nunca me dizia eu te amo, e nós nunca nos pertencíamos.
Eu a amo antes de tê-la visto, mas isso é mero detalhe,
porque andando no centro da cidade, molhando o torrão
de açúcar no café, eu ainda a remonto, com extrema sensibilidade,
olhando a praça, seu relógio, o sol, no pico de meio-dia,
me mostrando todas as pernas das quais, jamais, nenhuma delas
será igual, nem tão mais fina, nem tão mais grossa
– uma batata, ó, deus, de se alimentar para o resto da vida 
o joelho, redondo, belo, liso, zeloso, com qualquer cicatriz
de uma queda da bicicleta, o cigarro, aos dezessete, semana passada,
ou quem sabe, há dezessete anos atrás.
Enquanto isso, eu ainda vou vivendo na puberdade de meus pensamentos
remontando sua graça, pelas cores de todas, pelas cores de muitas
nas vozes e leituras, na maneira do caminhar sobre o salto,
ou sobre a humilde e penitente sandália, dentro da qual, o pé
que nunca foi nem será beijado como eu o não beijaria,
porque eu a amo antes de tê-lo visto, e, sem tê-lo visto,
enxerguei-a por inteiro, na margem distante, de um verso qualquer.


eap

quarta-feira, 11 de julho de 2012

tão zé

cacá, esse cara, eu sabia que não devia beber -- desde os 16 o conheço. vi-o bêbado pela primeira vez, foi parar no hospital e a mãe dele culpou toda a rua debaixo.
aí todo mundo se afastou dele.
mas entrou de cabeça numa lambuja e se entregou, cuidou de refestelar-se todo nessa corja -- nunca entendi o motivo. alguns dizem que pirou, outros dizem que foi modismo, outros... outros só riem.
junkies só se misturam com outros junkies, é sabido. 
sei que o encontrei, cacá, aquele moleque magricela de óculos mais embaçados na hora do sufoco, na boca do lixo. sim, aquele lugar no centro da cidade, dentro dum apartamento imundo, emporcalhado de merda pelo chão, sangue espirrado no teto, e nos azulejos brancos da cozinha por causa dos que se picavam, e aquele cheiro insuportável de mijo por toda a casa.  
perguntei-lhe como ia, ele disse que "muito bem", e fiquei por entender essas palavras, mas cuidei de ficar bem e fui pra casa jantar.

eap

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sem nome nº 14

provas perdidas

eu te gosto tanto
que me dói,
que me adoeço,
que me dou um câncer,
que me entorpeço,
que me paraliso,
que me emudeço,
que nem pisco,
que me morro.
eu te gosto tanto
que não me reconheço.

eap

(25/04/2012)

Sem nome nº 03

ontem você disse que amanhã
e tudo ficou assim hoje.

eap

quinta-feira, 5 de julho de 2012

um salto

eu aceito qualquer hora dessas
me arriscar num salto,
mergulhado nessa euforia
desses dias de sol incessante,
no ô do precipício de sentimentos.
no final dele, meu coração ecoa
batendo forte até o, óh,
essa fonte tal que
do salto descubro -- eu procuro,
tateio cego, mas, me guio
pela voz dessa iara que ecoa
e chama pr'esse afogar-se.

eap

segunda-feira, 2 de julho de 2012

te adorar

estranho como começou
agora, vamos nos entregar
de corpo e alma -- ah...
quem te vê assim,
mal sabe o que esperar,
e eu que já te conheço, enfim,
já posso te adorar.

eap

domingo, 1 de julho de 2012

esse amor qu'eu quero ter

real imaginário

maria, 30, recém separada, foi deixada ainda com um pequeno feto dentro de si. amargurada, bebia, e dizia "um parasita dentro de mim", as amigas se escandalizavam. mas ela tinha certeza do que fazer, foi lá, médico x disse que tal remédio y era o mais indicado. então fez-se mar de sangue. dor de uma semana, achou que fosse morrer e que deus lhe havia castigado. acamada, olhava em derredor da casa tudo tão estranho, esses tais espectros da separação, maiores agora. dois calmantes, dois lorax por dia, aliviar as tensões.

passada semana, voltou à suas atividades de casa, então rotina na sua cabeça. fazer o almoço, errou a mão, esqueceu que josé, 43, não vinha almoçar, então chorou. foi dublada ou alguém se comprazia de sua dor muda? um choro de criança. mas, criança onde, deus? detrás do sofá, recuou de medo: um feto chorava, os olhos cheios de sangue lhe brilhavam no escuro do pequeno buraco, onde formigas lhe andavam pelo corpo.  o vômito do desgosto, a lágrima do descaso consigo. então deus sabia bem que era feito dela? uma semana nisso? viver abismada (buraco grande em seu peito). era isso? não era? dois lorax. fora atrás duma senhora, por causa irmã espírita, essa transa. a mulher sequer lhe conhecia, perguntou "dor de filho, hum?" não soube o que dizer. a mulher lhe disse "esse seu filho vai renascer. aquele mais apegado, seja o que seja ele, será ele." saiu sem chão, mas alentada. daquele dia, o afeto lhe crescia como um tumor, lhe sufocando toda, por toda demonstração de afeto de crianças ou entes, ou mesmo... seja o que seja.

e josé?

eap