bom voltar ao teu corpo
maçãs coradas de não saber
bem como dizer o que vai aqui dentro
e aqui dentro
só a branquidão das páginas sabe
que é tudo exploração ininterrupta
e eu amo nossas idas e voltas
saber que não há que se abandonar
a essência
encontro mesmo que pesado
a taça última de gole sóbrio
é passar o tempo
com meu amor-próprio
e quem chama acende o fogo
e queima a própria casa
as próprias roupas
o próprio corpo
sempre andei pelas ruas
caustificado
onde passo
deixo as cinzas que caem
deste meu deixar
se sempre é assim
cabem novas horas
para satisfazer nosso sexo
masturba-me com mão pesada
e nunca saio leve
é sempre uma vontade inata
de deixar de ser
deixo meus pontos finais
cair
e no mais das vezes
o que sobra é continuidade
e nunca o nunca mais
sempre nunca sempre
e no final
tem sempre um entretanto
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