nem de tudo é feito este nada
porém, nele, se há vitória,
ela é neutra, um caminhar calado.
volta-te as costas e deixai
que o universo levará tuas preces,
tuas vestes, e o vestido florido.
não levai ódio à casa paterna,
contrário: destila teu perfume,
porém resguarde o peito, o feito.
cansa-te um pouco, sempre,
ou nunca - não te obrigues a ser
uma linha reta, mas sim, corda-bamba.
destila a raiva e a verdade, pura.
queira o que te é reservado, feito,
entretanto, saiba a hora de bater em retirada.
mereça banquetes, e murros na ponta,
não de uma faca, mas de uma espada,
numa bala, numa corda.
carregai tuas culpas e sede subserviente
ao que delas te mudar a vida,
e corre, em sede a si mesmo.
no mais, vive, não morre,
não deixa assim que digam
quem calou tua melodia.
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