(Escarrando o catarro purulento
de teu pulmão tísico
conquanto eu abro minhas feridas,
tímidas, de ser físico.)
Ai, Bandeira, quanta bandeira eu dou:
de ti em teus eu fiz a mim nos meus,
e hoje quem os olha já sabe que são eus,
por causa do muito de mim que de ti me inspirou.
Tua dor em vida, desejando vida
é minha dor de quase morte
esperando a sorte,
para que no final a gente se encontre,
naquela mesma esquina
onde os muitos e poucos se encontram
depois de finda a nossa sina.
E, Bandeira, eu te espero encontrar
qualquer dia desses,
ver de nós dois, qual mais dolorido,
inflamado e, ao mesmo tempo, calado.
eap
1 comentários:
Calado que grita em versos.
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