De novo atravesso as ruas de minha infância,
Buscando em cada milímetro encontrar
Qualquer parte que me faça relembrar
Um cheiro qualquer, agridoce, da lembrança.
De toda parte, busco o belo que não tive lá
Mas que aqui, colho, na semente vermelha
Que teima da árvore cair, de e em cada telha
Tilintando o barulho que tanto lá se fez estar.
Vejo a árvore no meio da rua, teimando
Crescendo altiva e sempre ali, a subir e subir
Com as mãos nos bolsos passo lembrando:
(Ai quem me dera eu pudesse crescer tanto assim!)
Há tanto que não encontro nesta rua algo meu...
Ah, e quem dera, rua, quem dera eu fosse teu!
E,a,p’
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