domingo, 20 de novembro de 2011
Acalma-te, meu bem...
Que penso do futuro? Que pensar? Futurar? Futurear?
Tenho espalmadas tuas mãos nas minhas,
e isto é o destino cruzado, de tuas mãos nas minhas...
Que penso do futuro? Esse jogo cego
de cartas marcadas e repetidas,
mas façamos diferente, amemo-nos até o fim.
Que penso do futuro? Esta incerta encruzilhada,
pronta para ser posta numa biografia
onde no capítulo intitulado Do Amor, protagonizaremos.
No futuro não penso, vivo-o agora, assombrado,
que o futuro é um passado deste escrito presente,
e não creio que será diferente depois,
pois que juntemo-nos, enlacemos as mãos,
deitemo-nos num tapete verde do jardim alheio,
contemplemos o céu -- que bem sabemos ser apenas o que é: céu.
Talvez te digam, alguém, que nós somos iguais
mas no fundo, bem sei, que não tentamos nem tensionamos por isso:
é fruto de outros tempos, é fruto das horas e do tempo.
E é este mesmo tempo,
passante, passeador por todos nós,
que nos vai levar exatamente para onde queremos.
E,a,p'
1 comentários:
Ah... Que bonito! Soa sonho.
Colorido-lusco-fusco.
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