segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

castelo

se ela se deu, doeu-se também. a vida manda um joão, um josé, mas as coisas nem sempre são simples: ela tenta, mas a lógica do que fica não é a sua. 
na praia, levanta as cartinhas na ventania. quando põe duas peças, sabe lá pr'onde vai. ela só não tem força para ir adiante. vem onda vem vento. areias e cartas. tudo dá no frágil castelinho de amor próprio.
mas quem vem adiante? senão é o menino do rio, agora andré, óculos escuros, corpo másculo, um tanquinho de se lavar cama mesa e banho. ela pega a primeira carta: um ás na manga.

eap

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