Talvez tenhamos que conversar,
sim, que conversar é bom,
melhor que o beijar -- salivar
na boca um do outro -- o gosto
palpitando na boca -- âmbar.
Sabeis vós que quer ar --
preza o nariz que não tem --
este peito a palpitar
e, morena, tua voz,
deixa em mim ressonar
o que da música sem par
temos mais que saber:
desse teu gosto pelo noir,
pelo caos frenético,
e de guitarras a desafinar
rompendo a aurora boreal
entre náuseas e cores-mil
havemos de distinguir -- cantar
esta voz ao fundo, tilintando --
ó doçura que se desfaz sem pecar...
eap
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