22 de fevereiro de 2013
Meu
lugar no mundo eu já não sei. Sei apenas das minhas palavras, e por
favor, não me prive delas. Quero entrelaçar-me nos seus grifos,
garatujar e engaratujado ser pelos traços e destroços que ela me
proporcionar – a palavra não é a vida do escrevente, é arte à parte,
arte à vontade, é tudo o que poderia ser e é, entre papeis, nas ideias –
que são as ideias senão organismos vivos à procura de espaço, solitude?
o que procura existência é algo que procura existir, portanto existe
mesmo que sobreposto no nada. assim vivem as palavras que ainda não
escrevi, que ainda procuram agarrar-se a ideias soltas que minha cabeça
ainda não teve força de juntar.
eap
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