que dela
pedi.
luto pelo amor
que serena
e molha
as páginas
de agora.
luto pelas coisas
que sei
que sei:
não peço "volta",
mas minha memória
não a quer morta
tampouco eu,
que a amo
em sê-lo meu
e mudo
coro as faces
pelo tudo.
luto pelo amor
que dela perdi,
e nada depois
valeu o que fiz.
luto por mais
esta hora
e as próximas
e pelo sono
sem senso
sem nexo
sem sonho.
meu sonho
é negro e perdido
numa madrugada
entre tantos copos
tantas bocas,
tantos corpos
tantas roupas.
eap
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