quarta-feira, 18 de julho de 2012

pra não dizer que não falei de mim

1991 pra cá, muito me contaram, mas a memória não falha:

- acostumou-me ela com me pedir desculpas depois de cada pancada que me dava -- por que, mãe? hoje, do mundo, espero que ele faça o mesmo. por isso palavrinha mata, por isso palavrinha penso e verso. nem tão ruim de todo.

- na frente, o retrovisor mostra: amor pela primeira vez, e desde quando esses sofreres? sei que dista tempo de nem ser gente. já quis ser o romeu da tv. usar com a bela, as segundas pessoas, galantes, mas, ruim das conjugações, trato-as de "tu" por força d'hábito.

- esses amores ainda me matam, mas não somente -- se digo que odeio a vida, é por amá-la demais, apenas não a virei do avesso ainda.

- de resto, descobri certas cores, sons. eles têm me salvado, algumas vozes, algumas palavras. as pessoas, apesar do pé o atrás com todas, também me encantam suas delícias, apaixonam-me. citaria nomes, não fosse comprometedor e piegas, além de, sem querer, esquecer-me de um, mas, pensei, e no fim todas as pessoas me aparecem necessárias -- posto que poucas. saberá que foi importante quem pensou que foi.

- por fim, reclamações 0 -- sequer do óbvio.

- e fim de papo.

eap

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