encontro mais gosto pelas coisas
que pelas pessoas --
mas só porque tenho raiva.
e tenho raiva porque tenho carinho,
e tenho carinho por dele precisar
para me sentir bem
e no final das contas,
eu nem sei se realmente quero me sentir bem,
eu não sei se quero receber
ou dar carinho,
eu não sinto tanta raiva quanto supunha
e as pessoas, acabam, por assim dizer,
me sendo indiferentes.
no final das contas,
o que importa sou eu,
meus livros,
minhas músicas,
minhas ideias,
minha poesia,
meu gato rataplã
e minha cama --
todo o resto é acessório --
te uso para me confessar x,
te uso para te rezar y,
te uso para te chamar
de mãe ou irmã ou puta z,
mas, eu lembro de tudo,
eu lembro de todos,
mas que raiva sinto.
sinto mais ou menos que raiva:
não sinto nada.
eap
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